sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Homem é preso por tortura, estupro e cárcere contra mulher e amante em Patos de Minas

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Vagner obrigava as duas mulheres a práticas sexuais diversas, incluindo zoofilia (sexo com animais) (Farley Rocha/Patos Hoje)
Estupro, tortura e cárcere privado. Estes são os principais crimes atribuídos a Vagner Xavier da Silva, de 44 anos, preso nesta quinta-feira em Patos de Minas. O homem humilde é protagonista de uma história que chocou a população da cidade. Casado há mais de 20 anos, pai de uma jovem de 19, há dez meses ele levou a amante, de 24 anos, para dentro da casa da família. Pouco depois, a mulher foi trancada no imóvel, impedida de sair sob qualquer pretexto. A legítima esposa, de 41, passou a sofrer ameaças diárias e teve sua liberdade restringida pelo marido. Ambas passaram a ser obrigadas a satisfazer a lascívia do homem, tendo de praticar atos sexuais entre si e, até mesmo, com um cachorro.

O caso foi descoberto pelo que o chefe do 10º Departamento de Polícia Civil, delegado Antônio Carlos de Alvarenga Freitas, chamou de “acaso”. Segundo ele, movimentações atípicas no imóvel de dois pavimentos, sem reboco na fachada, levantaram suspeitas de que algo criminoso ocorria lá. “A princípio, pensamos que pudesse ser tráfico de drogas. Vizinhos relatavam ouvir gritos vindos da residência”, conta. Em certa medida, a suspeita tinha fundamento, já que descobriu-se que Vagner é usuário de drogas. Mas o que a esposa dele veio a revelar à autoridade policial causou espanto, tamanha a violência física e psicológica empregada pelo homem contra as duas mulheres.

O desabafo da mulher foi registrado na Delegacia de Mulheres na semana passada. Diante da gravidade dos crimes, os policiais requereram na Justiça a prisão temporária, que foi devidamente autorizada e cumprida nesta quinta-feira. “Vamos agora pedir a conversão em prisão preventiva. Precisamos impedir que esse homem concretize as ameaças de que mataria mulher e amante caso elas contassem o que sofriam”, afirma o investigador.

Crime hediondo


Vagner nega os crimes, mas não sabe como rebater as denúncias
Segundo o delegado Antônio Carlos, os relatos de ambas as vítimas são aterrorizantes. “Elas contaram que eram obrigadas a práticas sexuais com objetos de todos os tipos. Ele as obrigava a manter relação sexual entre si e também com o cachorro. A esposa só podia sair de casa para receber a pensão, que lhe era tomada por ele, atualmente desocupado. Já a amante era mantida presa no segundo pavimento da casa, enquanto a família vivia no primeiro andar. Mais que os abusos sexuais, elas sofriam todo tipo de maus tratos e tortura”, relata o policial.

A filha do casal disse em depoimento suspeitar que algo estava errado na conduta do pai, mas afirmou desconhecer o cárcere e os abusos sexuais. “Certamente ela não quis falar nada por medo”, avalia o delegado. Segundo ele, a esposa contou que Vagner a ameaçava de morte constantemente e a mantinha sob vigilância severa.

No imóvel os policiais apreenderam diversos objetos “típicos de sex shop”, conforme classificou o delegado. Entre eles havia consolo, vibrador, massageador e óleos. O cachorro da família foi encaminhado ao centro de Zoonoses da cidade. “Foi curioso observar que, ao ver as mulheres, o cão se entremeou nas pernas delas”, destacou o delegado Antônio Carlos. Vagner já está detido no Presídio Sebastião Satiro. “Fizemos uma recomendação para que ele fique em cela isolada”, destacou o policial.

Cachorro da família foi apreendido e encaminhado ao Centro de Zoonoses
As duas vítimas foram encaminhadas para exame de corpo de delito e deverão ser direcionadas a um serviço de apoio psicológico. “Elas viveram momentos de grande ofensa à dignidade humana. Foi uma experiência, sem dúvida muito traumatizante. Acabaram as duas se tornando solidárias neste momento, diante das agruras que viveram juntas praticadas pelo homem com quem mantinham suas vidas coligadas”, disse o delegado.

Sobre o perfil de Vagner, que não possui qualquer antecedente criminal, o delegado disse que ele tem “olhar de psicopata” e se mostra extremamente frio. No ato da prisão, não esboçou qualquer reação e negou os crimes. “Ele se diz inocente, mas não apresenta uma explicação plausível sobre os fatos. Disse que as duas mulheres 'tem as preferências delas', sugerindo que os atos libidinosos eram praticados entre elas por livre desejo”, acrescentou. A polícia tem agora 30 dias para concluir o inquérito e repassá-lo à Justiça. Fonte: EM.

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