
De acordo com a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), a
agressão ocorreu por volta das 7, por um detento com quem dividia cela.
Ele teria levado um soco e, segundo a Suapi, imediatamente socorrido por
agentes penitenciários.
Durante a apresentação nesta terça, Donato disse que foi agredido por
30 detentos e que não sabia a razão das agressões. Durante a primeira
abodagem da imprensa, ele ficou calado, mas após ouvir o amigo dele
Marcus Vinícius Cunha Garcia, também apresentado nesta terça-feira por
formação de quadrilha e racismo, Donato resolveu falar.
Ele disse que a prisão dele ocorreu devido a um "mal-entendido" e
chamou a fotografia na qual aparece enforcando um morador de rua como
"infeliz brincadeira". "O melhor a fazer agora
é esperar o rapaz aparecer para ele confirmar que tudo foi uma
brincadeira", contou. O que Donato não sabia, porém, é que o homem
agredido foi ouvido pela polícia e registrou um boletim de ocorrência
alegando ter apanhado de Donato. O morador teria contado que pegou uma
corrente para se defender de Donato, que teria tomado o objeto do
morador de rua e tentado enforcá-lo.
Sobre os três processos que correm na Justiça, nos quais Donato é
apontado por ter agredido homossexuais, ele negou o envolvimento nos
casos e disse que estão querendo incriminá-lo por crimes que ele não
teria cometido. "Eu nunca incentivei nada a ninguém. Nunca ameacei e nem
agredi ninguém", afirmou. Donato mostrou-se incomodado com os
questionamentos dos jornalistas e alegou que parte da culpa de tudo o
que ele está passando é culpa da imprensa. "É tudo escândalo da mídia",
disse em certo momento. Ele ainda acrescentou "A maior parte da culpa é
de vocês e da foto que postei".
Donato contou que faltou a uma audiência de um processo do qual
respondia por agressão na Praça da Liberdade porque estava internado na
clínica Santa Maria por problemas
de depressão. "Eu estava internado por causa de depressão, problemas de
cabeça, stress", disse. Segundo ele, o caso da praça da Liberdade já
foi solucionado. "É um fato resolvido, quem agrediu ou deixou de agredir
já pagou pelo preço e não foi eu. Não adianta colocar a culpa nas
minhas coisas", se defendeu.
Questionado, Donato negou que seja membro de qualquer associação ou
organização. E disse que preza pela liberdade das pessoas. "A liberdade
de um acaba quando começa a do outro. Eu nunca tirei
a liberdade de ninguém que tivesse tirado a minha primeiro", afirmou.
Mais de dez boletins de ocorrência foram registrados em Belo Horizonte
com relatos de casos de agressão e ameaça, nos quais Donato aparece como
autor dos crimes. As vítimas dele, na maioria das vezes, eram
homossexuais, negros e moradores de rua, segundo a delegada Paloma
Boson, que está à frente dos crimes que teriam sido cometidos por
Donato, Marcus Vinícius Garcia e João Vetter, na internet.
De acordo com a Suapi, o detento deve passar por um exame de corpo delito. A unidade prisional instaurou um procedimento interno de investigação para apurar as responsabilidades pelo ocorrido.Fonte: Hoje em Dia.
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