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Na última sessão do ano, antes do recesso parlamentar, os vereadores
de Belo Horizonte aprovaram na manhã desta terça-feira, durante
convocação de sessão extraordinária, um reajuste de 34,15% do próprio
salário. Os vereadores eleitos neste ano, que tomam posse no próximo dia
1º de janeiro, vão receber remuneração mensal de R$ 12.459,92, no
lugar dos atuais R$ 9.288,05. Os parlamentares também aprovaram a
correção dos salários do prefeito, vice-prefeito, secretários municipais
e presidentes de empresas do município, com percentuais que variam
entre 22,8% e 34, 15%.
O salário do prefeito para o ano que vem
passa para R$ 23.430,24; o vencimento do vice-prefeito será de R$
15.698,26; secretários e secretários adjuntos ´passam a receber R$
15.698,26 e R$ 12.866,63, respectivamente. Para os dirigentes de
empresas públicas municipais, os salários variam entre o que recebem um
secretário-adjunto e o titular da pasta.
Outros benefícios
Além
dos salários mensais, os vereadores de Belo Horizonte duas parcelas
remuneratórias anuais, uma no início e outra no fim do ano, chamada de
“verba do paletó, que equivale ao a duas vezes o salário recebido
mensalmente. Por mês, os parlamentares também recebem ajuda de custo
para manter despesas com os gabinetes que podem chegar até a R$ 15 mil. O
reembolso feito pela Câmara é feito mediante apresentação de nota.
Repercussão
O
líder do governo na Câmara, vereador Ronaldo Gontijo (PPS), lamentou,
nesta terça-feira, que os parlamentares sofram com o desgaste de ter que
aumentar o próprio salário. “Não há aceitação popular para essa
iniciativa e isso precisa mudar, porque está ultrapassado”, justificou
ele, que se absteve de votar a proposta de reajuste de iniciativa da
Mesa Diretora da Câmara Municipal de Belo Horizonte.
O
projeto foi aprovado por 21 votos. Três vereadores votaram contra o
reajuste salarial - Iran Barbosa (PMDB), Geraldo Félix (PMDB) e Adriano
Ventura (PT). Gontijo disse que preferiu não votar porque estava
encaminhando a votação de dois outros projetos de lei de interesse do
Executivo ( mudanças na carreira do servidor que trabalha com educação
infantil e criação de duas novas secretarias muncipais).
Para
Gontijo, a saída para evitar desgastar a imagem dos vereadores, não só
de BH mas de todo o país, seria o Congresso Nacional “arbitrar” sobre o
assunto. De acordo com ele, deputados federais e senadores deveriam
propor salários para os vereadores de acordo com o número de habitantes
de cada cidade. “Seria uma saída”, acredita ele.
Novas secretarias e plano de carreira
Também
na manhã desta terça-feira, os vereadores votaram projeto de lei da
Prefeitura de Belo Horizonte criando mais duas secretarias municipais - a
Extraordinária para a Copa do Mundo e a Especial de Prevenção à
Corrupção e Informações Estratégicas. Com as duas novas pastas, a
Prefeitura de Belo Horizonte passa a contar com 22 secretarias.
Outro
projeto aprovado nesta terça-feira foi a mudança no plano de carreira
dos servidores que trabalham com educação infantil, de 0 a 5 anos. Entre
as mudanças aprovadas, duas de maior impacto são as aposentadorias
especiais, equivalente ao benefício já concedido ao professor, que pode
se aposentar com 25 anos de contribuição previdenciária. E, ainda,
abonos salariais que variam de R$ 100 a R$ 200 mensais, além da
permissão para substituir colegas em férias ou licenças de qualquer
natureza, dobrando as horas trabalhadas.
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