Usando maçaricos para arrombar as máquinas ou um arsenal de guerra com
bombas e dinamites para mandar os equipamentos para os ares, criminosos
atacaram 274 caixas eletrônicos em todo o estado de Minas Gerais em 2012
– média que beira 23 casos por mês. Em busca de dinheiro fácil,
bandidos não mediram esforços nas investidas. Nos últimos 12 meses,
terminais instalados nas ruas, supermercados, postos de gasolina,
hospitais, prédios públicos e em cidades pacatas do interior não
escaparam dos assaltantes. A ousadia das ações, com riscos
potencializados pelo uso de explosivos de alto poder de destruição,
transformam o combate a essa modalidade de crime em um dos principais
desafios a ser enfrentado pelas forças de segurança de Minas no próximo
ano.
As ações contra esse tipo de equipamento, principalmente as que são
feitas com uso de dinamites, se alastraram em 2012 na mesma velocidade
com que os criminosos conseguem destruir os equipamentos e tudo o que
estiver em volta deles. Dados divulgados pela Polícia Militar apontam
que de janeiro a agosto desse ano foram realizados 202 ataques, entre
arrombamentos e explosões. Levantamento feito pela reportagem do Estado
de Minas com base nos registros divulgados pela polícia revela que de
setembro até ontem ocorreram mais 72 atentados. Foram considerados nas
estatísticas os crimes tentados e os consumados. O caso mais recente
ocorreu na madrugada de ontem em São Gonçalo do Sapucaí, no Sul do
estado. Cinco homens encapuzados explodiram um caixa eletrônico em
agência no Centro da cidade. Apesar do estrago – o teto veio abaixo –,
os bandidos não conseguiram levar dinheiro.
A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) considerada apenas casos onde os bandidos conseguiram levar o dinheiro das máquinas. Dados do órgão contabilizados de janeiro a outubro de 2012 apontam 116 ocorrências, entre furtos e roubos. No mesmo período de 2011 foram 99 casos, e o total de ocorrências naquele ano chegou a 128 ataques.
Na última semana, o secretário de Defesa Social, Rômulo de Carvalho Ferraz admitiu que as medidas adotadas em 2012, como as fiscalizações em empresas que estocam grandes quantidades de explosivos, não foram suficientes para conter o avanço dessa modalidade de assalto, considerado o crime da moda. Bandidos que antes cometiam saidinhas de banco e roubos a casas lotéricas, por exemplo, passaram a mirar as máquinas de dinheiro. “Esse enfrentamento no comércio não foi suficiente para conter o número de ocorrências que se mantém renitente em todo o estado, sobretudo no interior”, avalia Ferraz.
A aposta agora está na criação de um núcleo de inteligência e investigação que será estruturado e comandado pela Polícia Civil. Atualmente, a Divisão de Operações Especiais (Deoesp) apoia as delegacias das áreas onde aconteceram as ocorrências. “Será a repressão pela investigação e inteligência que entrará em ação em curto prazo. As investigações serão coordenadas e estruturadas, e não mais dispersas como acontece hoje. Isso não significa que vamos abandonar o controle do comércio e tranporte dos explosivos”, explica o secretário.
Tipificação
O secretário anunciou também que vai pedir ajuda ao Congresso Nacional para exigir uma contrapartida dos bancos em relação à segurança dos cerca de sete mil equipamentos instalados em Minas Gerais. Além disso, Rômulo vai sugerir mudança na legislação criando a tipificação de “explosão de caixa eletrônico” como crime. Atualmente, os ataques são considerados furto ou roubo a bancos, e não há distinção se a ação foi praticada com uso de explosivos.
Levantamentos feitos pelas forças de segurança nos últimos meses, segundo Rômulo Ferraz, já trazem características de como os crimes foram cometidos em Minas. As informações serão usadas para tentar frear os atentados . Sabe-se que a explosões ficaram concentradas em cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte, do Triângulo Mineiro e do Vale do Aço. Ainda segundo Rômulo, há indícios de que alguns dos ataques tenham relação direta com o sistema prisional instalado nessas localidades e que ações são comandadas de dentro de presídios. Mas outro inimigo também causa preocupação: os ladrões de ocasião. Muitas vezes, mesmos bandidos que não têm habilidade com explosivos pegam carona nessa modalidade. Organizados ou não, eles aproveitam a facilidade para conseguir dinamite. Fontes da Polícia Civil estimam haver mais de uma tonelada de explosivos nas mãos deles. Outra preocupação é o valor de mercado de uma banana de dinamite, que chega a ser vendida por R$ 300 a unidade no mercado ilegal.
A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) considerada apenas casos onde os bandidos conseguiram levar o dinheiro das máquinas. Dados do órgão contabilizados de janeiro a outubro de 2012 apontam 116 ocorrências, entre furtos e roubos. No mesmo período de 2011 foram 99 casos, e o total de ocorrências naquele ano chegou a 128 ataques.
Na última semana, o secretário de Defesa Social, Rômulo de Carvalho Ferraz admitiu que as medidas adotadas em 2012, como as fiscalizações em empresas que estocam grandes quantidades de explosivos, não foram suficientes para conter o avanço dessa modalidade de assalto, considerado o crime da moda. Bandidos que antes cometiam saidinhas de banco e roubos a casas lotéricas, por exemplo, passaram a mirar as máquinas de dinheiro. “Esse enfrentamento no comércio não foi suficiente para conter o número de ocorrências que se mantém renitente em todo o estado, sobretudo no interior”, avalia Ferraz.
A aposta agora está na criação de um núcleo de inteligência e investigação que será estruturado e comandado pela Polícia Civil. Atualmente, a Divisão de Operações Especiais (Deoesp) apoia as delegacias das áreas onde aconteceram as ocorrências. “Será a repressão pela investigação e inteligência que entrará em ação em curto prazo. As investigações serão coordenadas e estruturadas, e não mais dispersas como acontece hoje. Isso não significa que vamos abandonar o controle do comércio e tranporte dos explosivos”, explica o secretário.
Tipificação
O secretário anunciou também que vai pedir ajuda ao Congresso Nacional para exigir uma contrapartida dos bancos em relação à segurança dos cerca de sete mil equipamentos instalados em Minas Gerais. Além disso, Rômulo vai sugerir mudança na legislação criando a tipificação de “explosão de caixa eletrônico” como crime. Atualmente, os ataques são considerados furto ou roubo a bancos, e não há distinção se a ação foi praticada com uso de explosivos.
Levantamentos feitos pelas forças de segurança nos últimos meses, segundo Rômulo Ferraz, já trazem características de como os crimes foram cometidos em Minas. As informações serão usadas para tentar frear os atentados . Sabe-se que a explosões ficaram concentradas em cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte, do Triângulo Mineiro e do Vale do Aço. Ainda segundo Rômulo, há indícios de que alguns dos ataques tenham relação direta com o sistema prisional instalado nessas localidades e que ações são comandadas de dentro de presídios. Mas outro inimigo também causa preocupação: os ladrões de ocasião. Muitas vezes, mesmos bandidos que não têm habilidade com explosivos pegam carona nessa modalidade. Organizados ou não, eles aproveitam a facilidade para conseguir dinamite. Fontes da Polícia Civil estimam haver mais de uma tonelada de explosivos nas mãos deles. Outra preocupação é o valor de mercado de uma banana de dinamite, que chega a ser vendida por R$ 300 a unidade no mercado ilegal.
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